10 de abr. de 2012

Cacimbinhas City, um resgate da História


Por Aníbal Gomes Filho


Obra e inspiração da assistente social Sílvia Helena Régio, e das colegas e amigas Milena Ornellas, Rosa Bueno e Rosa Araújo, surgiu em Novembro de 2011, o Cacimbinhas City em formato de página do facebook, proporcionando aos seus integrantes, hoje mais de setecentos e trinta, um relacionamento que discute os problemas da comunidade, sugere soluções, promove debates culturais, divulga o companheirismo e amizade, o lazer e o entretenimento, envolvendo nativos e adotivos de Cacimbinhas, não só os moradores do município, mas também aqueles que estão espalhados mundo afora.

Hoje existem integrados ao grupo, cacimbinhenses residentes em vários estados brasileiros, e alguns no exterior, como por exemplo, Canadá e Estados Unidos.

Não bastando tudo isso, apenas cinco meses após ter sido postada a página na internet, o Cacimbinhas City promoveu seu primeiro encontro nos dias 06 e 07 de Abril em P.Machado, numa jornada dividida em duas etapas.

A primeira, no dia 06.04.uma palestra cultural do jornalista e escritor Nikão Duarte, cacimbinhense hoje radicado em P.Alegre, versando sobre a história do município, e de modo especial, a troca do nome da cidade de Cacimbinhas para P.Machado, e suas nuances. Ressalto que infelizmente não pude me fazer presente nesse evento, pelo que, confesso meu prejuízo irreparável.

Na mesma ocasião foi apresentado o curta metragem Ventos de Antanho, filmado na minha querida terra natal, Torrinhas, com produção e roteiro da jornalista Juliana Brum, uma torrinhense hoje radicada em Bagé.

A segunda etapa foi no dia 07.04 à noite quando realizou-se no Clube Comercial, o primeiro jantar e baile do grupo, evento magnífico por excelência, primando inicialmente pelo fantástico cardápio de carne de cordeiro ao molho de vinho com vários tipos de saladas, méritos dos responsáveis pela culinária, Newton Peraça, sua esposa Lulu, Rodrigo, sua esposa Tânia e a Dulce.

A exibição das imagens em forma de vídeo foi um espetáculo a parte, capaz de emocionar aos presentes, afinal foram mais de duas e mil e trezentas fotos, grande parte delas, verdadeiramente históricas, resgatando Cacimbinhas lá do início do século vinte.

Terminado o jantar e a exibição dos vídeos, realizou-se o baile, festa das mais animadas.

Instalou-se um clima de confraternização, felicidade, e alegria contagiante entre os presentes.

A vontade matar as saudades falou mais alto e o resultado foi uma perfeita integração e sintonia entre os presentes, recuperando histórias passadas, viajando no túnel do tempo, montando um álbum de fotos verdadeiramente extraordinário.

Confesso que em mais de meio século de existência, ainda não havia participado de uma festa com tanta alegria e emoção. Rever amigos que não víamos há mais de vinte ou trinta anos, relembrar histórias do passado, as sessões de fotos, tudo, muito especial, e dentro de uma harmonia irretocável, maravilhosa, linda, pura, sentimental, fraterna e solidária.

Brotou mais forte o sentimento e o desejo de reencontrar os velhos amigos, o coração saltou intensamente, a alegria se espalhou, os abraços calorosos e saudosos tomaram conta do ambiente.

Conterrâneos que há muitos anos estavam separados geograficamente, uniram-se e reuniram-se novamente com uma alegria fora do comum.

Havia no ar uma clara impressão de que uma enorme família que estava distanciada conseguiu unir-se para celebrar seu reencontro.

O Cacimbinhas City, em minha opinião, solidifica-se mais do que um grupo, como se fosse um clube, uma instituição capaz de resgatar a nossa história, de trazer de volta ao torrão natal pessoas que há décadas estavam afastadas, outras que por aqui passaram em função de suas atividades profissionais, mas que adotaram a cidade como sua terra do coração.

Meu reconhecimento e minha homenagem para as queridas amigas Sílvia Helena, Rosa Bueno,Milena Ornellas e Rosa Araújo, pela iniciativa verdadeiramente lindíssima.

Ainda existem pessoas capazes de mostrar que a vida é boa, que vale a pena ser vivida, pessoas iluminadas, seres a serviço de Deus.

Sinto-me particularmente orgulhoso não só de ter participado, mas especialmente porque mesmo que me rotulem de bairrista, compreendi que não existe no torrão gaúcho um povo mais amigo e mais acolhedor do que a gente da nossa Cacimbinhas.


2 comentários:

Darlene Souza Farias disse...

Parabéns Aníbal,a matéria diz tudo e emociona. Ótima para os que por razões diversas perderam esse grande acontecimento.Comprei ingresso e estava muito entusiasmada mas odi não estava muito bem e lamentavelmente tive que cancelar. Não te acho bairrista e sim uma pessoa que ama nossa terra e como ninguém a descreve com os mais rebuscados termos que ela tanto merece. Obrigada Aníbal por em nossos dias ainda podermos contar com pessoas de teu gabarito. Grande abraço.

Anônimo disse...

Obrigado Darlene. Lastimei tua ausência e comentei isso, espero que seu Odi tenha recuperado a saúde. Tuas palavras são animadoras, sei que és daquelas pessoas que também ama a terra e procura preservar nossas coisas boas, tua conduta sempre foi assim, tanto na vida privada quanto na vida pública. Fraterno abraço. ANÍBAL FILHO