12 de abr. de 2012

Observar e Reagir - S.O.S. Hospital de Pinheiro Machado

Por Vera Oliveira

De quem é o Hospital de Pinheiro Machado? Não é público. Não é, também, uma Empresa do tipo sociedade privada com sócios, acionistas, etc., cujo empreendimento vise, prioritariamente, a obtenção do lucro financeiro. Deveria ser, talvez, uma instituição filantrópica sem fins lucrativos, mas na realidade não é, pois pelo que se sabe, nunca obteve a certificação de filantropia legalmente exigível, apenas um pálido reconhecimento municipal de que é um ente de interesse público, que pouco efeito prático possui. Então, me parece que é um bem dos cidadãos de Pinheiro Machado, fundado e edificado com o objetivo de servi-los naquilo que se pode chamar a necessidade mais dolorosa e premente de uma comunidade: a saúde pública.

Pois bem, por certo, é público e notório que o hospital de Pinheiro Machado anda mal das pernas, diria, até, em cadeira de rodas, empurrado, principalmente, pela Prefeitura Municipal que lhe alcança uma subvenção social mensal um tanto disfarçada, por conta da utilização do prédio onde funciona o pronto atendimento municipal. E, até onde sei, continuará alcançando esse benefício, por no mínimo mais um ano, por dentro do contrato de terceirização de serviços, via empresa vencedora de recente licitação para prestação de serviços na área da saúde pública municipal.

Segundo consta, o Hospital de Pinheiro Machado tem em torno de 30 funcionários, pouco mais, cujos direitos trabalhistas restam inadimplidos (FGTS, INSS – contribuição patronal, por exemplo) e, por vezes, e não raras, os próprios salários mensais. Sabe-se de demandas trabalhistas e há pouco tempo, até camas hospitalares foram penhoradas por conta dessas litigâncias. Quanto gasta e arrecada o Hospital? - não sabemos, é uma caixa preta. Se fosse publicado um balancete mensal, por exemplo, a população poderia ter um raio x de como funciona a instituição, o que não é de longe uma exigência preciosista, já que recebe repasses de dinheiro público. Acredito que a Prefeitura Municipal tenha essas informações, condição sine qua non para viabilizar semelhantes aportes financeiros.

O Hospital de Pinheiro Machado, se me permitem a franqueza, funciona à meia boca. Imaginem, os senhores, que há recomendação proibitiva à realização de partos em nosso hospital, por conta da falta de equipamentos e equipe médica adequada. Fico impressionada com essa decadência, que depõe, insofismavelmente, contra a minha cidade! Não posso imaginar um lugar civilizado, em pleno século 21, onde nascer, nas circunstâncias acima, seja considerado uma loteria.

Não se melindrem os de agora, essa situação vem assim de muito tempo. E se nada de diferente acontecer o futuro do Hospital de Pinheiro Machado será fechar as portas. E, se fechar, segundo os entendidos, vai ser um parto abrir.

O Hospital de Pinheiro Machado ( único na cidade), é, pois, um bem de interesse público e a população merece vê-lo revitalizado, prestando serviços de qualidade e cumprindo a finalidade para a qual, um dia, foi construído. O direito do cidadão à saúde é um dever do Estado, capitulado na Constituição Federal e os poderes constituídos e os democraticamente organizados têm a obrigação de zelar para que isso aconteça da melhor forma possível.

Dessa forma, o próximo prefeito de Pinheiro Machado (se o atual assim não o fizer) não poderá mais empurrar com a barriga a situação em que se encontra o nosso hospital. Terá de tomar alguma atitude de fundamento e rápido, como, aliás, se espera de homens corajosos e

comprometidos com o bem-estar de seus munícipes e eleitores. Do contrário, corre o risco de engrossar as estatísticas, entrar para a história como o Prefeito em cujo mandato o Hospital fechou.


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8 comentários:

Anônimo disse...

Dona Vera... pega tuas agulhas de trico e croche, e tchauuu!!!

Anônimo disse...

Isso mesmo anônimo.
Acho que a dona Vera já deu o que tinha que dar. Tá na hora do tricô. Enquanto teve com algum pode nas mãos, quando na policlínica nunca fez nada pelo hospital por que isso agora?

Anônimo disse...

Pior ja ta na hora... Credo! Tchauzinho pra ti

Anônimo disse...

dona vera pegue um pouco de sua aposentadoria e ajude o nosso hospital entao.

Anônimo disse...

Qual é a sua, dona vera? Nunca se preocupou em ajudar o hospital.
Está com remorsos, pelo que poderia ter feito. Ainda dá tempo é só ajudar o hospital financeiramente. É claro que vai ser com o dinheiro da sua aposentadoria né pois os $$$$$$$$$$$ da policlínica acabaram Tchau, Tchau

Anônimo disse...

Olá caros amigos que a vera não ajudou em nada todo mundo sabe, mas quem trabalha, tem que receber seus direitos e esses não são respeitados nem o salário do mês recebe em dia e quando recebe não é todo digo isso porque é a mais pura verdade

Anônimo disse...

Caro anônimo, assim como tu eu também sou funcionária e sei dos meus direitos porém todos nós dali de dentro sabemos que se não recebemos em dia é porque o dinheiro não cobre a folha de pagamento.
Não estás satisfeito(a)? então pédi prá sai querido(a)

Anônimo disse...

fico triste,pois ainda podemos dizer que temos um hospital e ja amparou muitas necessidades,porque que algumas pessoas de nossa cidade em vez tentarem solucionar ou dedicar um pouco de seu tempo em prol de melhorias sem receber nada financeiro em troca, apenas criticam e geralmente sao pessoas que nunca participam de nenhuma açao voluntària,e mesmo laborando com remuneraçao deixaram a desejar em sua atuaçao