Senhores governantes, se não fizer parte das prioridades de seus governos o cuidado com a Educação, se não valorizarem os profissionais em Educação, se entregarem a Educação à iniciativa privada tirando a oportunidade da maioria da população de ter acesso a escolas públicas de qualidade, estarão aprofundando as diferenças entre os pobres e os ricos, mais do que isto, estarão eliminando a maior parte da classe média, deixando o país à mercê de interesses estranhos e de pura conveniência econômica.
Quando a liderança dos movimentos dos educadores for efetivamente do grupo, quando todos estiverem efetivamente unidos por ideais nobres de construção de políticas públicas para a educação, políticas sérias, sem sectarismos, sem ideologização partidária, sem disputa de poder interno da categoria que mais a fragmenta do que soma esforços em razão do bem comum, então teremos resultados positivos e poderemos dobrar a resistência dos conservadores, retrógrados, neoliberais tupiniquins que não colaboram em nada com o país, mas anulam nossa maior riqueza: o nosso conhecimento.
Quando aprenderão presidente, ministros de Estado, governadores, secretários de Educação e outros tantos dirigentes, que, detendo o conhecimento, viabilizando seu crescimento, teremos as armas do desenvolvimento ao nosso lado. Não é por outro motivo que os países que nos controlam economicamente são avessos a políticas educacionais que nos coloquem em condições de competitividade igual e, lamentavelmente, em nome da governabilidade, da contenção de despesas, vamos desconstruindo os caminhos que nos conduziriam à liberdade e à democracia sem adjetivos restritivos!
As políticas públicas para educação, além do esforço dos governantes, deverão contar com a efetiva participação da sociedade, pois o conjunto lar/escola terá que ser ouvido e atendido em suas demandas.
Será no conjunto lar/escola que se viabilizará um processo educacional que dê ao homem as condições mínimas de participar desta fatia de pessoas que tenham capacidade de gerar e utilizar eticamente as ideias, fruto de seu aprendizado somado ao potencial genético recebido por hereditariedade, mas que será diferente em quantidade e qualidade, pois é importante a diversidade das ideias para que haja diversidade de seu uso como conquista de riqueza e da exploração desta.
O fracasso escolar não tem uma única causa, mas um conjunto de fatores que concorrem para que tal situação ocorra. Tão importante quanto resolver este problema é a conscientização de que é uma situação real, atual e que desestrutura toda e qualquer política pública que tenha conexão com o sistema educacional.
As evidências deste fracasso estão amplamente divulgadas quando observamos o dramático quadro de uma juventude que se entrega às drogas, de crianças dormindo ao relento e esmolando pelas esquinas, de superlotações de presídios, de violência familiar e dentro das escolas e de tantas outras situações de pura ação antissocial que preenchem os espaços dos jornais, rádios e televisões ou acontecem nas calçadas e ruas por onde passamos ao obedecer nossas rotinas de ir e vir pela cidade.
É evidente que não se pode atribuir ao caos em que se encontra a sociedade nas suas relações com a escola aos profissionais que atuam dentro destas instituições, mas, sim, a toda uma estrutura educacional “desalicerçada” de políticas públicas de estado alinhadas aos interesses e às necessidades da escola.
É natural que dentro da escola, com todas as adversidades que envolvem esta instituição, as coisas não ocorram como deveriam e isto tem que ser também objeto de análise e reflexão.
3 comentários:
Eu sei que a educação vem de casa mas tem alunos que não adianta. Na escola dois de maio tem uns barbados de 14 e 15 anos no quinto ano junto com os pequenos eles não querem nem saber de estudar so vão para a bagunça se a gente fala alguma coisa se acham maioral porque o conselho protege tivemos reunião esses dias e os pais que deveriam estar não estavam depois falam da escola acho um aburdo a lei dizer que eles tem que seguir indo a escola pra que?
o que podemos fazer se os alunos não vão para escola para estudar e sim para a bagunça
e agora aqui em pinheiro machado as escolas municipais não poderm suspender alunos.
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