26 de jun. de 2012

Docentes e servidores da UFPel aderem à greve a partir desta terça-feira

A partir de terça-feira (26) as atividades e aulas na Universidade Federal de Pelotas (UFPel) estão suspensas por tempo indeterminado. Conforme o que já haviam indicado, docentes e servidores públicos da instituição aderiram à greve nesta segunda, após as assembleias marcadas há cerca de um mês - quando foi decidido que todos aguardariam o desfecho das eleições da reitoria para se posicionar. Também nesta segunda os professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) optaram pela paralisação. Agora as cinco universidades gaúchas ajudam a somar 57 universidades em greve no Brasil. O principal objetivo do movimento é pressionar o governo para um reajuste salarial e a melhora na estrutura das academias.

Ambas as assembleias tiveram suas salas lotadas na tarde desta segunda. Boa parte das discussões anteriores às votações girou em torno da atitude que os cerca de 1,2 mil servidores e 1,2 mil professores paralisados tomarão durante a parada. O tom dos discursos foi que esta mobilização é um dos maiores movimentos de ambas as classes no país nos últimos anos, mas para que ganhe força e surta efeito rápido será preciso engajamento e participação dos funcionários em manifestações e ações que despertem a atenção do governo.

Deflagrada a greve, na terça professores e servidores devem eleger um comando e suas subcomissões, entre elas a Comissão de Ética que será fundamental na decisão dos serviços considerados essenciais para seguir em funcionamento neste período. Durante o debate pré-votação, o presidente do Sindicato dos Docentes da Universidade (Adufpel), afirmou que legalmente já existe uma lista de serviços que não podem parar durante a greve como a compra de medicamentos, alimentação de animais, pagamento de faturas, entre outros. Cassal ainda enfatizou que a seleção dos serviços essenciais também partirá do bom senso. A discussão surgiu após um dos professores da universidade questionar o que seria feito em relação aos tratamentos que estavam em fase de conclusão no serviço de odontologia. Outra preocupação é relativa à situação dos estudantes que já estão em processo de conclusão de curso e se formariam este semestre.

Alunos também podem paralisar
Os integrantes do Diretório Central de Estudantes (DCE) também estiveram presentes na assembleia para mostrar apoio aos professores. Alunos de dois cursos, Psicologia e Agronomia, também decretaram greve. Segundo um dos membros do DCE, Luan Badia, os universitários irão aproveitar o movimento para também manifestar as suas reivindicações quanto à estrutura da universidade e deverão fazer greve para interromper as aulas por completo, já que se sentem mais prejudicados por ter paralisação parcial. Os membros do DCE devem convocar na terça uma assembleia geral entre os estudantes para debater o tema.

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