6 de ago. de 2012

Trânsito e Legislação - Imprevistos na condução de veículos


Por Victor Duarte


Mesmo o mais prudente dos motoristas está sujeito a surpresas desagradáveis no caminho. Diante de imprevistos, é preciso agir com rapidez e manter a calma. Por isso, vou passar dicas para você se sair bem delas.

AQUAPLANAGEM
Com pista molhada, uma fina camada de água pode se formar entre os pneus e o solo, fazendo com que o carro perca a aderência e deslize sem nenhum controle. Esse problema acontece a partir dos 50 km/h, em geral, mas depende do volume de água. Se for muito grande, ela pode ocorrer até em velocidades menores, a partir dos 30 km/h. É como se você tentasse correr em uma pista de gelo. Manter os pneus em boas condições é importante para ajudar a evitar a aquaplanagem. Pneus desgastados, com sulcos que não estejam profundos o suficiente, aumentam as chances de que isso aconteça. Mas, caso aconteça, nunca pise no freio ou vire bruscamente o volante. Tire o pé do acelerador aos poucos (sempre com o veículo engrenado) e mantenha o volante reto. Quando sentir que os pneus estão voltando a ter contato com o solo, vire bem pouco e suavemente a direção para a direita e para a esquerda até sentir que o carro recuperou totalmente a aderência.

BURACOS
Eles estão sempre presentes na cidade ou nas estradas. Velocidades mais altas podem comprometer a possibilidade de um desvio providencial e fazer com que se perca o controle do carro, ganhando uma roda amassada ou um pneu estourado. Ao perceber que não conseguirá evitar um buraco, mantenha o volante reto e não pise bruscamente no freio. Isso fará com que a pancada seja transmitida ao pneu e não diretamente à suspensão. Pisar na embreagem evitará danos ao câmbio, mas aliviar a pressão no acelerador já ajuda a diminuir o prejuízo.

CHAVES PERDIDAS
Comuns - Na compra de um carro, em geral o proprietário recebe duas cópias das chaves e a numeração secreta dos códigos para a confecção de uma terceira, caso uma das duas se extravie. Guarde sempre sua cópia em um lugar de fácil acesso. Possuir as duas chaves também valoriza seu carro na hora da venda. Se precisar, prefira fazer a cópia da chave em uma concessionária autorizada pela montadora do seu veículo. Com código - Na maioria dos casos, as chaves (original e a cópia) vêm de fábrica com um chip embutido. Desta forma, o carro só dá a partida se o sistema reconhecer o código de sua respectiva chave. As mais modernas também possuem controle remoto para acionamento de alarme e travamento das portas. Para fazer a reprodução das chaves, procure sempre uma concessionária autorizada de seu veículo. Carro trancado com a chave dentro - Trancar o carro com as chaves dentro acontece às vezes. Para evitar essa situação, fique atento ao sair do carro e condicione-se a fechar a porta do motorista por último. Tenha as chaves reservas em local acessível, de forma que alguém possa localizá-las para você em uma emergência como essa. Uma alternativa é levar sempre uma cópia (mesmo das simples) na carteira. Como último recurso, resta chamar o chaveiro mais próximo.

DERRAPAGENS

Nos carros com tração dianteira existe a tendência de o veículo perder aderência e ir reto (sair de frente), em direção oposta à da curva – o chamado subesterçamento. Se isso acontecer, nunca pise no freio. Tire o pé do acelerador e gire o volante para dentro da curva até retomar a trajetória normal. Os carros equipados com tração atrás têm propensão a sair de traseira nas derrapagens em curvas –- o chamado sobre-esterçamento. Isto é, a parte de trás do carro sai lateralmente, não acompanhando a trajetória da curva. Nesse caso, tire o pé do acelerador e gire o volante para o lado contrário da curva até que o carro aponte para ela novamente. Retome a aceleração de forma gradativa.

ESTOURO DE PNEU

Os projetos de pneus modernos raramente permitem que isso aconteça. Mesmo assim, sempre é bom examiná-los para verificar o surgimento de bolhas ou rachaduras, que podem ser causadas por impactos em buracos ou guias. Caso ele estoure ou esvazie com o carro em movimento, não pise no freio. Mantenha o carro em linha reta (provavelmente ele vai “puxar” para o lado do pneu estourado) e reduza a velocidade apenas tirando o pé do acelerador. Quando tiver o controle do veículo, sinalize e cuidadosamente saia para o acostamento ou outro local seguro para fazer a troca.

FREADA BRUSCA

Na cidade, não ande muito perto do carro da frente. Na estrada, você deve estar, no mínimo, a 2 carros de distância dele. Isso assegura uma margem para evitar possíveis colisões. Para manter a distância correta, olhe para a traseira do carro da frente. Se não enxergar os pneus, só o para-choque, está perto demais. Se o outro veículo frear e seu carro tiver o dispositivo ABS, basta pisar fundo e forte, sem aliviar a pressão no pedal (mesmo que ele trepide, o que é normal), até o carro parar ou atingir uma velocidade adequada. Se não tiver o ABS, procure dosar a pressão no pedal, pisando e aliviando um pouco sempre que sentir que as rodas estão na iminência de travar (o que pode desgovernar o carro). Não desvie simplesmente. Você pode fechar ou atingir outro carro. E não esqueça: se o carro da frente tiver ABS, ele vai parar em um espaço menor.

PARA-BRISA QUEBRADO

Para se prevenir, não ande muito próximo do veículo da frente para não ser atingido por pedras levantadas e atiradas pelos pneus dele. Redobre o cuidado quando estiver atrás ou quando cruzar com caminhões com carga exposta, que pode cair da caçamba e atingir seu para-brisa. Até o começo dos anos 90, os para-brisas eram de vidro temperado, que se estilhaça em centenas de pequenos pedaços e impede uma visão nítida. Se um vidro desse tipo quebrar, proteja sua mão com uma flanela e abra um buraco no vidro dando um soco. Abra um pouco os vidros para aliviar a pressão interna. Assim que recuperar a visibilidade, pare o carro em local seguro. Nos últimos dez anos os carros vêm sendo fabricados com vidro laminado, que trinca em pedaços maiores e não prejudica tanto a visão. Mesmo assim, evite seguir viagem com o vidro nessas condições, trocando-o na primeira oportunidade.

PEDESTRES

Na dúvida, sempre dê preferência aos pedestres. Respeite e obedeça a faixa de travessia, onde eles têm toda a prioridade. No trânsito, esteja sempre atento em ruas e avenidas movimentadas para conseguir prever as atitudes que o pedestre vai tomar e poder reagir a tempo. Principalmente se forem crianças, que podem sair correndo distraídas e atravessar na sua frente inesperadamente.

REBOQUE DE OUTROS VEÍCULOS
O guincho é o único tipo de veículo autorizado a rebocar outro, segundo a legislação de trânsito. Isso porque ele possui os equipamentos adequados para a operação. Muitos tentam improvisar utilizando cordas, correntes, cabos de aço ou coisas do tipo. Além de correrem o risco de se soltar, tais acessórios não mantêm a distância segura entre os dois carros nem impedem que o de trás colida com o da frente. Em uma emergência deve-se usar uma peça sólida de metal, conhecida como “cambão”, apenas se a distância a ser percorrida for pequena.

TRANSPORTE DE CRIANÇAS
“Lugar de crianças, menores de 10 anos, é no banco traseiro” (Código de Trânsito Brasileiro, artigo 64). E, mesmo atrás, devem usar cinto de segurança. Para crianças menores, deve-se usar cadeirinha adequada a sua idade.



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