A diretoria do Comitê Pró-Desenvolvimento da Fruticultura da Metade Sul do Rio Grande do Sul realizou ontem em Bagé uma reunião para tratar sobre detalhes técnicos do novo projeto de olivicultura.
A ideia foi anunciada no final de setembro e inicialmente iria abranger 10 municípios e 200 hectares de área plantada.
De acordo com o presidente do comitê de Fruticultura da Metade Sul, Adelino Luiz Santos, o projeto foi ampliado para uma área de 300 hectares sendo 20 em cada município. Ele comenta que houve a expansão para cidades de São Gabriel, Uruguaiana, São Borja e Herval do Sul. Pinheiro Machado, Piratini, Bagé, Pedras Altas, Canguçu, Dom Pedrito, Candiota, Hulha Negra, Aceguá, Alegrete e Santana do Livramento já haviam demonstrado interesse na implantação.
O programa consta a implantação e acompanhamento técnico especializado de unidades produtivas de oliveiras, onde serão adquiridas mudas de seis cultivares distintas com o objetivo de produção de azeite de alta qualidade. A escolha das unidades produtivas e dos produtores beneficiados será baseada em critérios técnicos de aptidão de solo e experiência em fruticultura.
Conforme Santos o próximo passo será cadastrar o projeto no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ministério de Desenvolvimento Rural para elencar os recursos. O total do empreendimento é de R$ 1,5 milhão.
Para participar do projeto o produtor tem que ter o cadastro aprovado pelos Conselhos de Desenvolvimento Rural de cada município. Os editais para adesão devem ser publicados no próximo mês. "Vão ser escolhidas as melhores áreas de cada município e o plantio deve ser realizado na primavera de 2014", salienta Santos.
Empresas beneficiadoras
De acordo com o presidente, a Metade Sul conta com três indústrias de beneficiamento do azeite, em Pinheiro Machado, Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul, porém com a adesão dos municípios da Fronteira Oeste, a tendência é que novas empresas se instalem para a produção do azeite. "Após a colheita o produtor tem 24 horas para entregar a carga e fica inviável pela distância", afirma.
Segundo Santos, em cada hectare são plantadas 400 mudas, que produzem 12 mil quilos de azeitona e dois mil litros de azeite. "O papel do comitê é fomentar, buscar os convênios e ajudar para desenvolver a fruticultura na região", observa.
O presidente ainda afirmou que o Rio Grande do Sul poderá impulsionar o país a passar de maior consumidor para melhor produtor do azeite. "Fomos considerados pela Embrapa como melhor local para plantio de oliveiras", ressalta.
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