Abel Braga já anunciou que Nilmar não começa contra o Fluminense. No rosário de erros que anda cometendo por soberba ou tédio, o treinador do Inter está por cometer mais um. Abrir a tarde de domingo com Nilmar no banco e Rafael Moura no time é provocar a torcida além dos limites que ela pode suportar. Aliás, em tempo: Rafael Moura é um inocente da Arena Condá. A bola não lhe chegou, nada pôde fazer, não passa por ele o fiasco.
Porém, no imaginário do torcedor, nada explica o onze no time e o sete no banco.
Se Nilmar não consegue jogar 90 minutos - o que é natural -, que atue pelo tempo que aguentar e saia depois. Élio Carravetta, coordenador de preparçação física do clube, prefere que um jogador retreinado comece no ritmo dos demais e seja substituído quando cansar. Não bastasse a convicção de quem entende, há um contexto explosivo a obrigar Abel Braga a revisar sua má ideia. O ambiente no Beira-Rio será tenso o suficiente por conta do vexame em Chapecó.
Não há razão para atiçar ainda mais a fúria de uma torcida que vê reiteradamente uma condução equivocada do futebol do clube e nada pode fazer quanto a isso. Imagine o cenário bem razoável de que esteja ainda 0x0 com quinze do primeiro tempo, Nilmar no banco. Não há paciência, nem cumplicidade que dê jeito. Os colorados estão em busca de resposta, não são eles que têm responsabilidade de resgatar o time; é o contrário.
Nilmar precisa começar contra o Fluminense, sob pena de o técnico inviabilizar a chance de vitória domingo no Beira-Rio.
Luiz Felipe fez prévia defesa do seu sistema de três volantes e chegou a dizer que dois ou três volantes dava na mesma. Claro que não; se desse, ele não teria tirado um dos seus marcadores para colocar um meia como fez contra o Sport anteontem. Porém, aquela frase na coletiva preparava o terreno para o retorno do tripé amanhã contra o Palmeiras no Pacaembu. Alan Ruiz saiu machucado, Giuliano não suporta 90 minutos, Fernandinho é do lado, não de dentro.
O Palmeiras, animado pelo seu súbito afastamento da zona ruim, vai ser ofensivo diante de sua torcida que encherá o estádio. Tudo a favor de um modelo que LUiz Felipe tem usado fora de casa com sucesso.
Restará aos jogadores de característica ofensiva que sobrarem a missão do contragolpe.
Ramiro, Riveros e Felipe Bastos terão a companhia de Giuliano ou Fernandinho, Dudu e Barcos à frente. Fernandinho e Dudu jogam em velocidade, qualidade fundamental para quem quer atuar em contra-ataque. A noite do sábado pode sorrir para os gremistas.
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