12 de out. de 2014

DUPLA GRE-NAL: Resposta imediata dos colorados num jogaço no Beira-Rio e Erro de arbitragem define virada do Palmeiras

Não era de fora que devia vir força, aconchego ou solidariedade para o time que levou 5x0 da Chapecoense em histórico vexame. O caminho era inverso; Abel Braga e os jogadores é que precisavam responder imediata e positivamente ao caos da Arena Condá. Foi o que aconteceu no Beira-Rio com bastante gente contra o Fluminense. Vitória justa por 2x1, a segunda contra adversários da parte de cima da tabela. A primeira tinha sido contra o Grêmio ainda no primeiro turno. 

Abel Braga não fez apenas a reaglutinação do grupo, qualidade que ele tem acima de todas as outras. Tratou de reorganizar também algumas funções do seu time, o que também fez com competência. Acertou na escolha de Bertotto ao lado de Willians, na troca de Gilberto por Diogo e na escolha de Alysson para goleiro. Principalmente, foi feliz na realocação de D'Alessandro no campo. 

Não jogou aberto o tempo inteiro pela direita como fazia há tanto tempo. O argentino centralizou e foi por dentro que deu as duas assistências para os gols da vitória. Alex fez o lado direito no primeiro tempo e infiltrou mais de uma vez para surpreender a zaga adversária. Abel disse que foi treinado, eu acredito. 

O início do segundo tempo foi a melhor atuação colorada no Brasileirão inteiro. Já havia Nilmar em campo, fator decisivo para uma performance tão superior. Veio o 1x0, poderiam ter vindo mais gols. O Fluminense cresceu com uma mudança feita por Cristóvão Borges, obrigou Alysson a fazer grandes defesas e empatou. Então, Valdívia fez o gol que se esperava dele desde seu surgimento. Reação imediata dos gaúchos, vitória que reconduz o Inter à vice-liderança dependendo só de seus resultados para não perder a posição. Abel, depois do jogo, lamentou que ninguém estendeu a mão após a goleada em Santa Catarina. Não era mesmo papel ou obrigação de ninguém. O técnico e seus comandados deviam resposta em campo. Deram a resposta. Guardam a mágoa, talvez fiquem ressentidos, é do jogo. Talvez os ensine a não desfocar nunca. Talvez não. 

Onze contra onze, o empate premiava Grêmio e Palmeiras pelo que fizeram e castigados pelo que deixaram de fazer. O jogo foi bom de ver, houve chance de gol para lá e para cá, o Grêmio saiu da frente quando não era melhor do que o Palmeiras e ficou com o jogo à feição para consolidar esta vitória com mais gols. Aí, Sandro Meira Ricci cometeu seu grande erro na partida e expulsou Barcos num lance que sequer era de falta. Foi como meter a mão no contexto. 

Com um a mais, o técnico Dorival Júnior fez entrar o atacante Mouche tirando um volante e tomou conta da partida irreversivelmente até a virada, coisa de dez minutos. Um erro desta monta em disputa tão igual é suficiente para alterar o resultado e causar no perdedor a pior das reações. A fúria de Rui Costa é de quem se sentiu roubado. A expressão é dele, não me atreveria a acusar alguém de venal ou desonesto. Mas não há dúvida de que o árbitro brasileiro da Copa fez lambança, errou feio e mexeu no jogo. 

O próximo compromisso é fora de casa sem Barcos e sem Dudu, ambos suspensos. O Goiás acaba de golear o Coritiba no Serra Dourada onde costuma se dar bem diante dos gaúchos. É daqui a uma semana, muito vai se ouvir dos gremistas a queixa contra arbitragem tão desastrada. Importante, porém, é focar no jogo que vem aí, direcionar a inconformidade para uma vontade ainda maior de ganhar e avançar. 

* O Palmeiras é outro com Dorival Júnior de treinador, Valdívia de capitão e Wesley de organizador da transição defesa/ataque. O Inter teve a sorte de enfrentar o Palmeiras antes desta reorganização, ganhou de 1x0. O Palmeiras que o Grêmio enfrentou não vai cair, está confiante e posicionado, vai reinaugurar seu estádio ainda neste ano com pompa e circunstância.

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