Grupo foi liderado pelo empresário Luiz Eduardo Batalha
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Uma comitiva liderada pelo empresário paulista e pinheirense Luiz Eduardo Batalha esteve realizando visitas técnicas nos Estados Unidos, tendo como foco principal, a cultura de oliveiras para produção de azeitonas e azeite de oliva. Integraram a comitiva, além de Batalha, os empresários pinheirenses Gilson Mesko, Marco Aurélio e Mauro Balinhas, o presidente do Sindicato Rural Rossano Lazarotto e Eduardo Seronni (que juntos são donos da marca de vinhos e espumantes Seronni & Lazarotto) e Anderson Schmitt. Além deles, o colunista de economia do Jornal do Comércio, Danilo Ucha, também acompanhou a missão.
Guiados pelo maior especialista em olivicultura dos EUA, Paul Vossen, o grupo visitou fazendas na região de Napa Valle, no estado da Califórnia – onde se concentram as maiores e melhores plantações e indústrias americanas do setor.
Segundo relatou por e-mail o empresário Marco Aurélio Balinhas, o foco principal foi conhecer com maior profundidade a tecnologia dos EUA no setor de oliveiras, porém também estiveram vendo experiências com bovinos da raça Angus e ovinos.
A comitiva, constituída pelos enólogos e proprietários de vinhedos Rossano Lazzaroto, Carlos Eduardo Garcia Seronni e Anderson Schmitz, mais os empresários e proprietários rurais Marcos e Mauro Balinhas e Gilson Mesko, visitaram seis plantações e indústrias de azeitonas e azeites, entre as quais as maiores dos Estados Unidos — Corto Olive Co., Corti Brothers, ENE Inc., Mcevoy Ranch, entre outras — e mais de 10 vinícolas de grande porte, como a de Francis Ford Coppola, a Charles Krug, de Peter Mondavi Jr., a Sterling, a Castello di Amorosa e outras, que impressionaram pela produção e, especialmente, pelo marketing para venda de azeites e vinhos. Os investimentos são fabulosos em publicidade e nas instalações de alto luxo para receber turistas. Cada unidade parece um palácio.
O Projeto Guarda Velha, de Luiz Eduardo Batalha, em Pinheiro Machado, já conta com 200 hectares de oliveiras e colocou o primeiro azeite no mercado neste ano. Em 2015, apresentará o primeiro vinho, a partir de uma área de 78 ha, 10 ha já plantados com videiras Cabernet Sauvignon, Merlot, Chardonnay, Sauvignon Blanc e Riesling Grecheto. Também haverá aumento na área com oliveiras. Mas a ideia é maior. Além de incentivar os proprietários rurais da região a entrarem nesta nova economia, a intenção é criar um polo industrial com outros produtos derivados do azeite e do vinho — inclusive cosméticos, alimentos e sucos de uva — que exprimam o terror da região, que possui um microclima único, na área de transição entre a Serra do Sudeste e a Campanha. Batalha já aplicou R$ 3 milhões no projeto e pretende duplicar o investimento nos próximos anos. Inicialmente, serão produzidas 100 mil garrafas de vinhos diferenciados, e o lagar tem capacidade de 500 mil litros/ano de azeite, com azeitonas próprias e dos parceiros.
Como o projeto é de grande envergadura, os empresários fizeram questão de ver as modernas máquinas utilizadas na olericultura dos Estados Unidos, especialmente as de poda, de colheita mecânica e de esmagamento, como na Corto Olive Company, que planta 1.500 hectares e tem quatro linhas de esmagamento, com capacidade de processar 7 mil quilos/hora, produzindo 3 milhões de litros de azeite/ano, trabalhando apenas 40 dias por ano, pois este é o tempo da colheita das azeitonas. O proprietário da Corto, Dino Cortopassi, deixou os gaúchos mais entusiasmados quando falou sobre o mercado do azeite. Os Estados Unidos consomem 9% da produção mundial de azeite e produzem apenas 3% do que necessitam. O consumo é de 1 litro por pessoa, enquanto no Brasil é de cerca de 0,2 litros/habitante/ano, com forte tendência de crescimento. Espanha, Itália, Grécia e Portugal dominam a produção mundial de azeite, mas o volume não é suficiente para atender a demanda mundial, abrindo espaço para o Novo Mundo, como Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.
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