28 de abr. de 2015

Observações de um caminhante

Escrito por Paulo Cézar Brum 

 Sou adepto, há algum tempo, de fazer caminhadas diárias. Cada dia escolho um percurso diferente. Ao longo dos caminhos que percorro, gosto de observar os detalhes que se apresentam aos olhares de quem passa. 

Ora, vemos imagens que nos alegram, como crianças brincando, casas ajardinadas e bem cuidadas, ruas limpas e com árvores plantadas pelos moradores, enfim. 

Porém, determinados casos nos entristecem e nos deixam preocupados com que nos deparamos. Primeiro, a situação de pouco caso e descuido que muitos moradores dão a questão do lixo. Os terrenos baldios dos bairros periféricos estão servindo de descarte de todo e qualquer tipo de lixo. Em consequência, estão em situação alarmante, dado a quantidade de lixo. É aterrorizante. 

Nas proximidades da placa que diz "Proibido trânsito de bitrem", perto de um dos trevos de acesso à cidade, alguém descartou uma quantidade de lixo, que deixou uma péssima visão da entrada da cidade. 

Ora, imaginem os leitores, a impressão que levam as pessoas que passam pela nossa cidade. Sem dúvida de um povo mal educado, sem cultura e por que não dizer, relaxado. É aí que surge a pergunta: por que os moradores jogam o lixo em lugares inadequados, uma vez que temos coleta frequentemente? 

Outra questão que me impressionou foi o caso em que contei em uma de minhas caminhadas, 107 cães soltos pelas ruas em que passei, isso que desisti da contagem na metade da caminhada. Nem menos preocupantes são as latas e caixas d'água com água, abertas a beira das ruas, bem como pneus, um verdadeiro criadouro de mosquitos. 

Vale lembrar que, já descobriram um foco de "Aedes aegypti" num município vizinho. Sugeri ao Secretário Municipal da Saúde, que providencialmente o encontrei em minha caminhada, que encaminhasse os vigilantes sanitários do município, a darem orientação à população. 

E por último observei que, em uma das principais avenidas, em que circulam inclusive, os que chegam e saem da cidade, quer de automóveis ou de ônibus, que dependuram nas árvores da referida avenida, sacolas de lixo, o que deixa uma péssima e degradante imagem no meio ambiente. 

Estes fatos fazem com que nossa cidade seja desvalorizada e menosprezada, proporcionando as mais variadas críticas negativas. É possível mudar tudo isto através da conscientização da população, da necessidade de uma nova postura, diante da vivência coletiva, de uma cultura de respeito ao meio ambiente e acima de tudo que sejamos mais educados. 

A minha preocupação é com a saúde pública que pode ser alterada com este estado de coisas. Não podemos nos descuidar e só tomar providências depois que as coisas acontecem, depois de surgir, por exemplo, casos de "dengue" em nossa cidade. Esta situação em que nossos bairros e até certas ruas centrais se encontram, é grave, nos envergonha e nos leva a uma profunda reflexão sobre o comportamento de uma grande parcela da sociedade pinheirense. 

A exigência de que algo seja feito é urgente, para evitarmos um futuro vergonhoso decorrente da falta de responsabilidade de muitos. Não podemos só exigir ações do poder público, pois de nada resolverá se nós não assumirmos a nossa parte e a nossa colaboração, revelando nossa educação, conscientização e responsabilidade. Somos todos responsáveis pela aparência da nossa cidade. 

Lembro de uma frase que diz: Povo educado - cidade limpa. "Que bom que esta frase fosse o fidedigno retrato de nossa cidade Pinheiro Machado.

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