Após cinco dias de atividades, encerrou, no domingo, a 32ª edição da
Feovelha de Pinheiro Machado. O faturamento dos remates da maior feira
de ovinos do Estado foi de R$ 854 425. Ao todo, foram comercializados 2
736 animais. A comercialização foi 53% menor do que em 2015,
consequência de uma redução na venda de animais (no ano passado foram
vendidos 4 444 ovinos). No entanto, houve uma valorização na média
geral, por animal, de 7%, passando de R$ 293 em 2015 para R$ 312,28 este
ano.
O presidente do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Rossano Lazzarotto,
destaca que esses números representam um momento de desistência pela
atividade ou diminuição de ovinocultores. Os motivos são vários, segundo
o dirigente: aumento nos casos de abigeato, onde o furto ou abate
irregular de ovinos é uma constante; avanço de áreas com agricultura, em
especial da cultura da soja; ataque de javalis, cachorros, e a própria
falta de mão de obra em pequenas propriedades, espaços onde a
ovinocultura sempre foi destaque.
“A Feovelha não é uma causa para a
ovinocultura e, sim, uma consequência da atividade. Ela sempre refletiu o
mercado. Se o mercado está aquecido, ela irá sinalizar positivamente;
caso contrário, teremos um cenário de queda. O papel da Feovelha é, sim,
ser o palco para que os produtores façam bons negócios. E neste ano,
apesar do menor número de animais, o valor médio subiu em torno de 7%”",
analisa Lazzarotto.
Para o presidente do sindicato, o momento é de uma ovinocultura que está
virando um segmento de nicho, onde o animal considerado bom, ganha em
valorização. “E isso ficou evidente nesta edição, na qual tivemos como
destaque a qualidade dos exemplares que as cabanhas têm levado”, afirma.
Lazzarotto também explica que a Feovelha é mais do que um espaço para
comercialização de ovinos, é a apresentação de todo o trabalho que
envolve as propriedades rurais da região e a integração da atividade com
novas culturas.
Sobre a busca para retomar os números de edições anteriores em vendas de
animais, bem como potencializar a atividade no Rio Grande do Sul, o
dirigente ressalta que o setor já vem discutido ações de organização da
cadeia produtiva. “Hoje, a ovinocultura está desorganizada. Existe uma
demanda, mas a oferta não é regular e isso prejudica o setor. Há, com
todo esse empenho das entidades, uma perspectiva de poder ter uma
ovinocultura forte e organizada, na qual o produtor tenha como colocar
seu produto no mercado, mas que também possa ter frigoríficos
específicos para a ovinocultura, porque, hoje, o que se tem são
frigoríficos mistos. Dessa forma, a Farsul, aqui mesmo na Feovelha,
lançou um projeto para a área, bem como realizamos reuniões para unir
todas as áreas da cadeia, porque observamos essa demanda pela carne
ovina, mas ela tem que ser atendida de forma regular”, salienta
Lazzarotto.
Comparativo
A Feovelha, este ano, apresentou uma redução considerável em vendas. Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Paulo Afonso Schwab, que participou da exposição-feira, outros aspectos podem ter influenciado na redução das vendas em 2016. “Há de se destacar a comercialização antecipada, na qual muitos animais saíram direto das propriedades para os compradores. Além disso, existem, hoje, mais feiras com vendas de ovinos e também se percebe uma procura nas feiras de primavera por ventres e carneiros, pois muitos produtores já estão levando esses animais, antes dessa época, para adaptá-los na propriedade. Mesmo assim, a Feovelha é um dos principais eventos no país por ter quantidade e qualidade. E, para o setor, existem boas expectativas para que a ovinocultura se organize para se desenvolver; é por isso que as entidades estão trabalhando unidas e focadas como uma força tarefa para esse objetivo”, disse durante o evento.
Comparativo
A Feovelha, este ano, apresentou uma redução considerável em vendas. Para o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Paulo Afonso Schwab, que participou da exposição-feira, outros aspectos podem ter influenciado na redução das vendas em 2016. “Há de se destacar a comercialização antecipada, na qual muitos animais saíram direto das propriedades para os compradores. Além disso, existem, hoje, mais feiras com vendas de ovinos e também se percebe uma procura nas feiras de primavera por ventres e carneiros, pois muitos produtores já estão levando esses animais, antes dessa época, para adaptá-los na propriedade. Mesmo assim, a Feovelha é um dos principais eventos no país por ter quantidade e qualidade. E, para o setor, existem boas expectativas para que a ovinocultura se organize para se desenvolver; é por isso que as entidades estão trabalhando unidas e focadas como uma força tarefa para esse objetivo”, disse durante o evento.
Confira os números de 2014 e 2015 comparados com a edição de 2016
Feovelha (2016)
Animais comercializados – 2 736 (1 708 animais a menos)
Total em vendas – R$ 854 425 (53% a menos que 2015)
Feovelha (2015)
Animais comercializados – 4 444 (3 521 animais a menos)
Total em vendas – R$ 1 303 360 (um acréscimo de mais de 45% nas médias gerais)
Feovelha (2014)
Animais comercializados – 7 965 (2 140 animais a mais)
Total em vendas – R$ 1 663 615 (um acréscimo de mais de 8%)
Feovelha (2016)
Animais comercializados – 2 736 (1 708 animais a menos)
Total em vendas – R$ 854 425 (53% a menos que 2015)
Feovelha (2015)
Animais comercializados – 4 444 (3 521 animais a menos)
Total em vendas – R$ 1 303 360 (um acréscimo de mais de 45% nas médias gerais)
Feovelha (2014)
Animais comercializados – 7 965 (2 140 animais a mais)
Total em vendas – R$ 1 663 615 (um acréscimo de mais de 8%)
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