27 de abr. de 2020

Sintomas emocionais ficam mais evidente durante a pandemia

Foto:Reprodução

A pandemia do Covid-19 modificou a rotina das pessoas do mundo todo, ainda estamos aprendendo a lidar com o isolamento social e todas as mudanças que o coronavírus impôs. O distanciamento pode causar abalos emocionais como ansiedade, angústia, medo e, principalmente depressão. A redação do blog conversou, via watshapp, com a psicóloga Madine Afonso e ela nos enviou um texto com dicas de como aliviar a tensão neste período. Acompanhe o texto a seguir:

"Quando acessamos as redes sociais já se percebe que as pessoas estão demonstrando sintomas emocionais mais evidentes. Antes da pandemia já tínhamos um índice muito alto de depressão no Estado e o período de isolamento tende a agravar este quadro. Os sintomas psicológicos ficam mais aflorados quando não podemos ter vida social. Com o isolamento surge o medo, a angústia e as incertezas. Cada pessoa reage de uma forma, quem sofre de ansiedade, por exemplo, pode ficar sem fome ou se tornar compulsivo por comida. É um momento em que todos querem se proteger e até os hábitos de higiene recomendado podem se transformar em problema, a ‘neura da higiene’.
 A questão financeira é algo que tirou o sono de muitas pessoas, a dúvida se o dinheiro vai ser suficiente para atender as necessidades básicas da família ou a possibilidade de perder o emprego são situações que tem levado as pessoas ao desespero.
Estou me sentindo angustiado com sintomas depressivos e não posso sair de casa, o que fazer? Recomendo aos meus pacientes criarem uma rotina saudável, evitar vídeos tristes, notícias chocantes. Usar as redes sociais de forma positiva, a internet permite nos conectar com os que estão distante, uma chamada de vídeo pode amenizar a saudade da família.
Dedique este tempo aos filhos, aos pets, as plantas, se envolva com algo prazeroso, descubra em você o que há de melhor. Aproveite o tempo disponível pra se alimentar adequadamente preparando refeições saudáveis. Quem costumava praticar exercícios físicos não pare, busque alternativas pra se exercitar dentro de casa, no pátio ou no espaço que você dispõe.
Se antes a correria diária impedia de realizar coisas que gostaria hoje podemos usufruir o tempo nos ocupando com coisas prazerosas. Sugiro a leitura de bons livros, estudar, assistir aquele filme que tanto desejava. Fazer uma pipoca e curtir a sua série favorita. Artesanatos são ótimas alternativas. Que tal costurar? (máscaras caseiras) além de estar ocupando a mente pode ser uma alternativa de ajudar o próximo.
Se cuidem, cuidem do próximo, acreditem é possível estar feliz em tempos difíceis. Valorize as pequenas coisas e fique em casa!"

Foto:Arquivo Pessoal
Madine Afonso é Psicóloga formada pela URCAMP e pós graduada em Educação, Diversidade e Inclusão Social pela UCDB. 


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