16 de abr. de 2010

Pirâmide Invertida: Palavrões musicais


Por Nadiane Momo

Não sou da área da música, apenas alguém que gosta de ouvir e apreciar boas letras e melodias, mas tenho observado que nos últimos anos, a qualidade da música vem caindo.

Canções que marcaram época não têm mais se revelado e os forrós, pagodes, entre outros ritmos são de músicas do passado ou uma releitura de um hit internacional.

Eu tenho um gosto bem eclético e acho que no fundo, todos tem um pouco de talento. Mas confesso não consigo apreciar, ou ver algum valor nas músicas da Tati Quebra Barraco, mulher moranguinho e mulher melão. Não estou falando do vocabulário, mas a composição é péssima e a voz delas então, nem se fala. Mas infelizmente, elas só estão na mídia e vendendo os seus álbuns, porque alguém compra.

Mas por outro lado, acho que elas levam críticas infundadas. Por que elas são tão vaidas quando usam palavrões? Claro que Caetano Veloso é Caetano, mas porque ele pode cantar "PUT..., VADIA" e todo mundo aplaude e acha lindo? E a Maria Rita, pode cantar "BUNDA" e ninguém diz nada? Olha para mim é um contrasenso não é porque são cantores de MPB que as palavras nas suas vozes tomam outro significado. BUNDA é bunda em "eu rebolo minha bunda" da mulher melão é "nem toda a brasileira é só bunda" da Maria Rita.

Mais uma vez o problema está no público. Tanto que os músicos lado B, ou seja, aqueles que fazem um som mais "cabeça" ou "erudito" não caem na fama popular, o que é uma lástima.

É deplorável também, saber que antigamente as menininhas achavam um máximo dançar balé, e hoje os próprios pais aplaudem quando rebolam freneticamente um funk? É triste ver uma menininha de 4 anos dançando o Créu, mas mais triste ainda saber que a cultura musical brasileira está indo para o fundo do poço.

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5 comentários:

Unknown disse...

Vou concordar contigo novamente! Apesar de ouvir, fazer o que, não compro, mas mesmo assim acabo ouvindo, na rádio, em festas e etc.. Concordo plenamente com o que dissestes, em tudo! Boa coluna!

Márcio DJ disse...

Concordo com o post apesar da minha profissão me obrigar a ter de tocar essas músicas em festas!!!e que mais me chama atenção é que até as crianças pedem esse tipo de música como se fosse a coisa mais normal do mundo...outro dia tocando num festa infantil me deparei com essa situação e ainda fiquei no dilema tocar ou não tocar afinal de contas os pais estavam presentes...e em festas para adultos se não tocar, posso passar por um DJ desatualizado...é complicado!!!em algumas onde o vocabulário passa do aceitável procuro por versões que são produzidas para rodar em rádios onde os "termos" são substituidos por outras palavras...mas vamos na onda fazer oque???

carlos manzke disse...

"Mas que ano de musica ruim" é o que costumo dizer quando alguem está ouvindo estas "coisas" que acreditam ser musica. Quanto a dizer ou não dizer certas palavras, acredito que está no contexto que estão inseridas.

denise disse...

correção: as garotas RICAS dançavam "balé" e "jazz". nós, as demais crianças, dançávamos lambada. tudo é questão de perspectiva: quanto mais longe a gente enxerga, menor ficam os "problemas" ;)

Anônimo disse...

Boa Denise!!!Que o nível caiu...caiu,até o Rei fez péssimas letras nos últimos anos.Mas falar q as crianças não podem dançar ou melhor rebolar?Por favor, a maldade está na mente dos adultos.