29 de jun. de 2010

Buscando Rumos: Gerundiando


Por Luiz Henrique Chagas da Silva

Hoje eu poderia estar escrevendo sobre menores que estão delinquindo em todo o país e que podem estar tendo um tratamento que deveria estar sendo mais rígido, até mesmo como forma de estar combatendo novas transgressões, pois a cada dia que passa você pode estar verificando que os menores estão tendo comportamento que pode estar ficando cada mais preocupante, porém, certamente estaria correndo o risco de estar sendo extremamente repetitivo, o que poderia não estar sendo muito bom.

Em outras oportunidades, já comentei neste espaço que me esta sendo dado pelo Eigatimaula, que pode estar sendo um dos melhores e mais isentos meios de comunicação da nossa cidade, o que vai estar acontecendo com os nossos menores enquanto classificados como tal para a responsabilização penal e em pleno gozo de seus direitos e capacidade de decidir quando vão estar elegendo os governantes do Brasil. Torna-se preciso, mais do que nunca que a gente possa estar tendo condições de estar reclamando, em especial para aqueles que, atualmente, estão tendo a oportunidade de estar alterando as Leis da Nação, nossos Legisladores, e entendo que tudo possa estar começando nas pequenas células sociais, principalmente na esfera política.

De tudo o que escrevi acima, nada mais fiz do que estar tentando descrever o português falado, especialmente nos auto-atendimentos e até mesmo na televisão brasileira, parece que virou moda falar desta forma, isto é, você estar podendo, ficar falando sem que sua língua mãe esteja sendo atropelada e sem estar agredindo a comunicação.

Sempre que foi verificada alguma alteração na expressão oral do país, houve uma vinculação a influências de outros povos, de culturas diferentes da nossa, até mesmo na forma de tratamento, quando surgiu o tão falado “bixo”, depois o “cara” e assim sucessivamente, e eu fico me perguntando, será que essa “gerundiada” toda, que chega a ser irritante, mais notadamente quando querem te convencer a aceitar um cartão de crédito ou quando precisar resolver algum problema por telefone e te dizem: “vou estar transferindo...” é influencia de alguém ou é um vicio que deturpa a nossa linguagem? Você sabe, eu não sei.

Para meditar: Não é a terra que constitui a riqueza das nações, e ninguém se convence de que a educação não tem preço". Rui Barbosa

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4 comentários:

Renan Rosa disse...

Sensacional! Parabéns Chagas.

Unknown disse...

hahaha muito bom! Sou das pessoas que se irritam com as conjugações erradas! Adorei o texto!

magnun disse...

Como linguista que sou, não poderia deixar de comentar este post. Certamente, o autor tem suas razões para escrever e embasar seus argumentos na concepção que lhe convier, e concordo com Mariane e Renan sobre a excelência do texto. Entretanto, quero expressar uma opinião diferente.
Embora não costume usar a modalidade "vou + estar + (verb.-ndo)", o que chamam de "gerundismo", penso que há uma explicação muito mais vantajosa e aceitável. Falo de uma explicação a partir de uma Teoria Linguística em detrimento de nosso senso comum que nos impera dizer que esse tipo de construção é feia ou que agride a Língua Portuguesa.
Para isso, sugiro a leitura do blog de um grande linguista brasileiro, professor da UnB, Dr. Marcos Bagno: Nesse texto, Marcos explica, com muito mais autoridade que eu, a questão do “gerundismo”. Embora Bagno seja uma pessoa também polêmica, é fato que esse pensamento de que existem coisas que deturpam a língua traz sérios problemas.
Se o “gerundismo” deturpa o Português, o que dizer da concordância muito usada pelos gaúchos entre o pronome de 2ª pessoa, “tu”, e o verbo ??
Todos concordam que falamos “tu fez” (norma-padrão: ‘tu fizeste’), “tu trabalhou” (norma-padrão: ‘tu trabalhaste’) etc. Então, se disséssemos que o “gerundismo” assassina o Português, teríamos que aceitar que o modo como falamos também. Prefiro, então, descrever e analisar os fatos a fazer qualquer julgamento.
Para terminar, quero dizer que este comentário não é direcionado ao autor; ao contrário, parabenizo pela delicadeza que teve ao abordar o tema. Minha intenção é simplesmente mostrar como a Ciência Linguística vê as questões de linguagem.

Anônimo disse...

Interessante o comentário do Magnun, mas concordo com o Chagas, que é um saco, isso é!