Por Luiz Henrique Chagas da Silva
Tenho procurado abordar neste espaço assuntos atuais e relacionados ao cotidiano do nosso povo, nem tanto relacionado a Pinheiro Machado, por tratar-se de uma comunidade pequena em que todos se conhecem e em que as noticias fluem rapidamente e, quando chega o momento da publicação, já estão por demais debatidas.
Hoje, quebrando um pouco a rotina, vou comentar sobre um fato inusitado, porém fontes fidedignas me asseguraram que verdadeiro. Há algum tempo, não muito distante, corria muito divertida uma confraternização entre amigos em uma residência e, evidentemente, com muito churrasco, cerveja gelada e tudo mais, tudo acompanhado por uma bela seleção musical executada em um potente aparelho de som.
Se para os participantes nada havia de anormal, o mesmo não diriam os vizinhos, que perturbados pelo volume excessivo do som, não conseguiam repousar, conciliar música e sono, tendo então um dos moradores da região tomado uma atitude drástica: “Vamos acabar com essa farra”. De imediato, valendo-se de um instrumento devidamente isolado, cortou o fornecimento de energia elétrica da residência onde ocorria festa. Musica calada, escuridão total, churrasco queimando no fogo e a cerveja aquecendo por falta de energia elétrica.
O que os vizinhos não contavam era que na festa em pauta houvesse um experimentado e competente eletricista, capaz de resolver quaisquer problemas em termos de energia elétrica e que, prontamente, decidiu que a festa continuaria e com muita luz e som. Dirigindo-se ao pátio interno da residência, logo constatou que a fiação havia sido cortada e comentou: “Bah! Barbadinha, é só atá os fios” e colocou-se a trabalhar, enquanto todos aguardavam a chegada a luz para continuar a festa.
Como imprevistos acontecem, o afamado eletricista não esperava que os moradores da casa usassem fios como varal para roupas e passou a emendar uma parte do fio da rede elétrica da casa com o fio do varal e, por óbvio, que as lâmpadas não funcionavam. O experiente eletricista continuava tentando, enquanto os demais festeiros tinham verdadeiras crises de riso. Não é preciso dizer que a festa foi cancelada por falta de energia elétrica e com o seguinte veredicto: “Não vem corrente, não vem corrente, não dá...”
No outro dia, um jovem e inexperiente eletricista efetuou sua verificação profissional e concluiu: “Fio de varal não possui corrente elétrica.”
Para meditar: "O segredo não é correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você". Mário Quintana
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