21 de jul. de 2010

Buscando Rumos: Mais graves, menos graves...


Por Luiz Henrique Chagas da Silva

Existe diferença entre uma grande e uma pequena falcatrua? Ou será que ambas são simplesmente falcatruas? Será que as menores podem ser menos reprováveis que as grandes ou ambas devem ser combatidas? Pois, pelo que se observa, parece que ambas estão sendo amplamente toleradas.

Conta-se sobre um velho homem, já debilitado pela idade, morando de favor na casa de um familiar, que passou a furtar pequenas quantidades em dinheiro e outros materiais, sendo o fim destes furtos, suprir sua necessidade de conhecimento, isto é, comprar livros, tendo sido severamente repreendido pelos proprietários da casa em que morava, tendo em vista o lugar dispor de ampla biblioteca, porém, o que os proprietários não notavam, era que o acervo era ampliado frequentemente. O velho homem não só valia-se das obras adquiridas para aprender, como as colocava na biblioteca para que outros as pudessem ler.

Hoje, com frequência, tomamos conhecimento de furtos realizados dentro das próprias residências, normalmente pequenos valores, eletrodomésticos, peças de vestuário, sendo que o objetivo é vendê-los por baixo valores para adquirir drogas, em especial o crack. Com o passar do tempo e com o agravamento da dependência, os furtos aumentam não só em frequência, como em valores, dado a necessidade mais feroz de consumir a droga. Este é um pequeno alerta de como começa a manifestar-se o envolvimento com drogas.

Existem muitas drogas afetando a humanidade. Muitas são de domínio público, algumas até mesmo legalizadas, como o cigarro e bebida alcoólica, porém existem ainda aquelas que não são visíveis e seus efeitos parecem não ser perceptíveis e talvez, uma das piores é a desonestidade encoberta pela falsa imagem de homem íntegro. Este mal, tem afetado os homens de forma tão destruidora que com o passar do tempo passamos a desacreditar em todos, a não vislumbrar mais a possibilidade de que possam haver pessoas honestas, integras, capazes de dizer “não” às falcatruas, às irregularidades, que não sejam capazes de pactuar com ilegalidades mesmo que o fim possa, supostamente, ser benéfico a alguns ou a todos.

Uma pergunta: será menos desonesto aquele que furta uma fruta do que aquele que furta um pomar? Entendo que não. Que ambos são desonestos. Pequenos atos ilegais são sementes para grandes procedimentos, grandes desvios, grandes encobertas de ilegalidades.

Para meditar: "Nós geralmente descobrimos o que fazer percebendo aquilo que não devemos fazer. E provavelmente aquele que nunca cometeu um erro nunca fez uma descoberta." - S. Smiles

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Um comentário:

Renan Rosa disse...

Ótimo Post...
Aliás, outro ótimo post.