23 de jul. de 2010

É aí que eu me Refiro: Difícil escolha

Por Gislene Farion

Nada como um ano eleitoral para nos fazer pensar seriamente na “palhaçada” que anda a política no país, não? Para mim, é no mínimo estranho ser obrigada a pensar nisso de uma maneira mais séria, será meu primeiro voto e para falar a verdade, não me sinto nem um pouco capaz de escolher meus representantes.

Quanta escolha simples precisa ser feita nessa idade e pouco somos capazes de tomar decisões, imagina um voto?! Gostaria de ver propagandas eleitorais sem repúdio, sem ficar com o pé atrás e gostaria mesmo de acreditar nas idéias e projetos de alguns políticos, mas não vejo jeito para isso. Assim, como estão as coisas, não queria ter a oportunidade de escolher candidatos que nem imaginamos do quanto são capazes para faturar muito as nossas custas.

Sei também que não se pode generalizar, em qualquer setor há sempre as exceções, mas está cada vez mais difícil acreditar nas promessas de gente que vive em um meio que tudo acaba em pizza. E agora?

Confesso que não gosto de política e nunca consegui discutir tal assunto como discuto futebol (mesmo que digam que isso também seja indiscutível), mas definitivamente, certas coisas me dão nojo só de pensar. E acho triste, afinal, a minha geração é o futuro do país, alguns de nós serão os políticos daqui para frente e é preocupante ver os exemplos que temos atualmente.

Corrijam-me se estiver errada, mas virou uma loteria, certo?! Sinceramente, desejo sorte aos eleitores e que consigamos escolher os “menos piores”.


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17 comentários:

Pablo disse...

Gislene, seu repúdio aos politicos(pessoas), não podem afetar seus pensamentos sobre a politica. Acho que os jovens tem sim alguma razão em não gostar e não discutir politica. Mas precisamos, pelo menos neste período prestar atenção em quem depositamos nosso precioso voto. É através deles que podemos mudar. A outra forma seria voltarmos alguns anos atraz e revolucionar como nosssos pais fizeram e conquistaram o direito que temos hoje. Não podemos nos basear somente pela "Grande" mídia que tb tem seus interesses. Temos hoje a internet como fonte democratica de informações e devemos usar este meio.
O Brasil é um pais pouco desenvolvido para a democracia que vive, mas não podemos fazer disso um motivo para não acreditar em um futuro melhor.

Tiago Fagundes disse...

Pablo, sou obrigado a discordar de ti e concordar com a Gislene.

Quem faz a política, infelizmente, são os políticos. E cada vez mais, votar virou uma loteria. Ainda mais quando se trata de esferas federal e estadual.

No município, ainda conhecemos mais de perto o candidato. E mesmo assim, muitas vezes, eles nos surpreendem, geralmente, de forma negativa.

Não há como crer e também se interessar por assuntos ligados a política se a cada dia a gente vê mais e mais falcatruas por parte de quem a faz. E muitos, ainda tem a cara de pau de negar os absurdos que fazem.

Quanto a prestar atenção, a maioria do que é dito e prometido por "eles" nessa época é simplesmente deletado quando os mesmos chegam ao seu objetivo. Exemplos para isso, é o que mais temos.

Mas respeito as opiniões. Essa, é a minha.

Obrigado pela participação.

Gislene Farion disse...

O problema Pablo, é que essa esperança de que algo vá mudar a cada eleição tem virado história somente. É bem como disse o Tiago, eles prometem durante toda a campanha e depois? Simplesmente não se vê avanços em praticamente nenhum setor que foi proposto melhorias... Vamos gostar de política como?

São opiniões totalmente contrárias, mas cada um analisa de um jeito...

Pablo disse...

Gisele e Tiago, o debate só nos faz crescer, por isso sou a favor do uso da internet como fonte de informação. Mas defendo muito que temos sim bom politicos, fazendo boa politica, só que esses não se vendem a mídia e por isso não aparecem. O trabalho sério executado pelos bons politicos não é valorizado e ainda é rechaçado, por isso os bons tentam e não conseguem e acabam abandonando a politica. Ficam os vendidos e corruptos. Por isso concordo com a Gislene, em todo meio existem os bons e ruins, seja no futebol, nos clubes, associações e etc, cabe a nós diante de nossas convicções e certeza eleger os melhores. Mas não podemos nos omitir. Temos como participar e se existem politicos ruins eles chegaram lá com o voto da maioria.

Mas de toda a forma parabéns pelo opnião e por discutir em alto nível os temas que são abordados neste espaço.

Abraços

Gislene Farion disse...

É exatamente isso que dissestes, os bons acabam saindo porque a política está tomada de gente que não pensa no bem da sociedade e não medem esforços para beneficiarem somente a sí próprios. E aí está a questão: se a cada nova eleição, sobram somente os piores (já que os bons acabam desistindo de tentar mudar alguma coisa), quem escolher?

É uma tarefa complicada e ainda acredito que é uma verdadeira loteria... Mas é nosso dever escolher, nem que seja os "menos piores" como falei e desta vez, até eu terei que fazer isso.

Abraço e valeu pela participação! :)

Marcelo Souto disse...

E quem é que coloca eles la dentro?? cada povo tem o político que merece.

Niaia disse...

Dizem que: religião, futebol e "política" não se discute.
Mas a Gislene foi corajosa em expor sua opinião sobre política.
Também não gosto de política e pude ver de perto o que é a politicagem.
Fui candidata a vereadora em 2004 e me decepcionei profundamente. As pessoas pedem dinheiro, que paguem suas contas, qualquer coisa pra eles é válida desde que seja dada. Sem contar que dentro de todo e qualquer partido também existem os favoritos que recebem todo o apoio na campanha. O único cabo eleitoral que tive trabalhando comigo foi um senhor do interior e de bastante idade e me disse que na noite das eleições perdi todos os votos que ele havia conseguido pra mim por que na localidade descarregaram um caminhão de carne e ranchos. Essa é a nossa política.
É deprimente ver a atuação dos políticos atuais. Basta assistir o CQC (Band). Os repórteres fazem perguntas simples sobre projetos que tramitam na casa (Câmara dos Deputados e Senado)e eles não sabem nem do que se trata. Assuntos exaustivamente anunciados na mídia e eles nunca ouviram falar.
Enquanto eles ganham fortunas e mais "ajuda de custo", diga-se de passagem, muito maiores do que o próprio salário, às vezes, pessoas que trabalham duro mês a mês recebem um salário mínimo, como o nome já diz, e não consegue pagar suas contas ou até mesmo se alimentarem como mereciam.
Esses se roubam pra comer (o que não é justificativa) vão presos, eles matam (mas filho de Deputado ou Deputado não vai preso), roubam e nada acontece.
Esse assunto é muito extenso e de muitas opiniões. É um assunto que se torna atual de dois em dois anos pelas eleições municipais e, como neste ano, estaduais e federais, mas mesmo assim as pessoas não sabem como agir.
Um dos assuntos bastantes polêmicos é que tu tens condições de votar aos 16 anos, mas não pode ser responsabilizado por um crime por que é menor. E ai como ficamos???

Unknown disse...

Uma vez que existem políticos ruins é porque existem eleitores ruins! Quem os põe lá somos nós, quem pôs os "ruins" no poder foi quem os votou! Poderiam não saber, ok.. mas tem muita gente que sabe e mesmo assim vota, como disse a Naia, as pessoas pedem comida por seu voto! E quem está concorrendo, como já está manipulado pela vontade de ter o poder, acaba cedendo! As vezes, apesar dessa atitude de "doar" alimentos dos políticos, principalmente nos dois dias antecedentes ao dia do voto em sí, por sorte, quem chega ao poder utilizando desse método consegue fazer "na medida do possível" um bom trabalho! Mas, enquanto existirem eleitores corruptos, existirão políticos corruptos! Como o Marcelo Souto falou, cada povo tem o político que merece, e eu concordo!

Pablo disse...

O economista inglês Arnold Toynbee tem uma celebre frase sobre este tema:
"O maior castigo para quem não gosta de política é ser governado pelos que gostam"

Gislene Farion disse...

Claro, tem esse lado, do povo se vender fácil e com isso permite cada vez mais que os políticos se aproveitem dessas situações para estarem no poder. Nisso, cai como uma luva a frase do Marcelo. São os eleitores que permitem que a situação seja assim, eu só não vejo maneira de melhorar...

Anônimo disse...

É inacreditável que mesmo depois de tanta luta do povo, em busca de democracia no país, a juventude de hoje abre a boca para dizer que não gosta de política. Nossa! É desestimulante. Faço parte dessa juventude, e francamente, tão envergonhada por certos pensamentos quanto os nossos pais com os representantes que já elegeram.
Esse tipo de pensamento não deveria vir de nossa geração. Exatamente por sermos jovens, devemos ser expertos e inteligentes. Perceber uma pessoa falcatrua não é difícil. Deseja mudanças? Basta não ter a mesma tendência de obter vantagem apenas para si e participar da política. Não sabe como? Exigindo respostas e prestações de contas. Mostrando para os menos interessados que a política é importante, e é ela quem movimenta o país perante os outros países do mundo. Explicando que é por isso que devemos colocar pessoas responsáveis e de grande credibilidade lá, no Poder. Converse com os menos entendidos que o político que entrega cesta básica em uma noite, só voltará lá lá, próximo ao aniversário de 04 anos, nas próximas eleições. Assista aos debates. Mesmo assim, se nada disso resolver, seja mais ousada do que nunca, se inteire cada vez mais sobre o assunto, afilie-se em um partido, faça valer a ideia deste e não deixe apenas na teoria e na enrolação.
Como falei anteriormente, a democracia que busca eleger nossos representantes através do nosso voto direto, nasceu com o advento da Constituição de 1988, ou seja, relativamente nova. Nova como nós. E assim, nascida no mesmo ano da Constituição, jovem como ela, tenho a dizer que a população ainda não esta madura o suficiente para entender que cesta básica não vale um voto e muito menos madura para não se deixar levar por “papos de política suja”. O povo ainda é ignorante, a maioria sem frequentar escola, vivendo em classe social abaixo da miséria, e te digo o mais, eles são a maioria e são os menos favorecidos.
Nossa Constituição, que resguarda o tripé (PL, PE e PJ), assim como nós, ainda tem muito para entender sobre o mecanismo social, mas já adquirimos um grande avanço, quando nos entregaram nas mãos a chance de decidir sobre o futuro do país, do nosso Município e Estado Membro.
Somos o futuro do país?! Pois bem, basta pegarmos de exemplo os grandes feitos dos nossos antepassados, fazer cair os que apenas cobiçam dinheiro e poder, brindando a democracia e o direito ao voto, colocando pessoas sensatas para ocupar tanto o Poder Executivo como o Poder Legislativo.
E por favor, fazendo parte da nossa juventude, futuro do país, nos orgulhe e mostre aos mais velhos que temos maturidade para tomar as rédias do país e não abra a boca para dizer que a política é ruim e não presta.

Unknown disse...

Quero prestar solidariedade ao Pablo, que não conheço, pela posição correta que adota no post.Acredito que não "acreditar" na politica ou nos politicos é falta de informação.
São inumeros os exemplos de politicos capazes e honestos, em todas as esferas públicas.A equação para mim é simples: votemos com consciencia!
A proveito a oportunidade para fazer uma observação: vcs viram que quando o assunto é sério a participação dos anônimos é minima.
Abraço.
Moura Jr.

Anônimo disse...

Mas esse anonimo ai de cima ta louco?? só choveu no molhado, falou o que todos falam, e se tu quer escrever tudo isso, faz um blog pra ti .

Gislene Farion disse...

Valeu as dicas, anônima! É legal ver os pontos de vista diferentes das pessoas em relação a esse assunto, que sempre gerou tanta polêmica. Só acredito que mesmo sem experiência nenhuma, como estamos em um país livre, temos o direito de expressar a nossa opinião, mesmo que ela pareça um pouco absurda para algumas pessoas... Então, se essa história de ter liberdade para expressar o meu ponto de vista e seja lá de quem for, não acontecer (como dissestes no final do teu comentário: "não abra a boca para dizer que a política é ruim e não presta"), não teríamos a oportunidade de debater sobre o assunto e não saberíamos nem, quem sabe um dia, ter argumentos suficientes para mudar de opinião. E acho sim, que mesmo sem experiência nenhuma, devemos nos colocar em algum lado: neste caso, gostando ou não de política. :)

Anônimo disse...

http://mdefenestrado.blogspot.com/

aqui está a "anonima"

Marilete disse...

Olá Gislene, estou orgulhosa de ver uma ex-aluna minha escrevendo e argumentando sobre assuntos bem interessantes e polêmicos. Que bom que trouxeste a discussão a política, porque neste momento todos nós devemos analisar os candidatos que estão se apresentando. Por natureza já somos políticos e quem diz que não gosta de política, já está tomando uma posição política.Quanto ao descrédito que muitos tem, cabe a cada um escolher seus representantes, após uma boa análise ao seu passado e ao que se propõe.
Parabéns querida e vai em frente.

Gislene Farion disse...

Muito obirgada, professora! :)