
Por Vinícius Peraça
Os dois títulos da Libertadores da América conquistados pelo Internacional têm nome e sobrenome. Não, engana-se quem pensa em Fernando Carvalho. As conquistas que fizeram do Colorado um dos clubes de mais sucesso do país nos últimos anos – junto com o São Paulo – podem ser creditadas ao Inconformismo e ao resgate da Humildade.
Somente um clube insatisfeito com a condição de segunda força estadual poderia dar o salto que o Inter deu nesta última década. Após amargar insucessos nos anos 80 e 90 e, principalmente, ter que assistir Grêmio conquistar seus maiores títulos da história, não havia outra alternativa aos colorados: era preciso transformar as “cornetas” do rival em combustível para um renascimento. O que deu resultados.
Somente um clube insatisfeito com a condição de segunda força estadual poderia dar o salto que o Inter deu nesta última década. Após amargar insucessos nos anos 80 e 90 e, principalmente, ter que assistir Grêmio conquistar seus maiores títulos da história, não havia outra alternativa aos colorados: era preciso transformar as “cornetas” do rival em combustível para um renascimento. O que deu resultados.
Foto: Diego Vara/ClicRBS

Ao invés de se considerar eternamente como um dos grandes do Brasil, mas sem ampliar a coleção de troféus na galeria – posição atual do Atlético-MG –, o Inter dos anos 90 deu lugar a um sentimento de resgate. E que começou exatamente por enxergar na retomada da hegemonia local o ponto de partida. “Precisamos voltar a vencer o Grêmio”, diziam os dirigentes lá no começo dos anos 2000. E venceram muitas vezes. Não apenas em campo, mas sobretudo fora dele. Gravaram na taça mais cobiçada das Américas o nome do Inter e igualaram a façanha de conquistar um campeonato mundial.
Aí, aparece o sobrenome deste segundo título da Libertadores: a humildade. Com a soberba de quem não precisava de mais na história após vencer o Barcelona, o Internacional parecia não se interessar pelos campeonatos que se seguiram. “Sou campeão do mundo”, diziam todos, de torcedores a dirigente. O time podia estar no pior momento, perdendo até para clubes do interior gaúcho, que o gravador vermelho não se cansava de repetir: “Sou campeão do mundo”.
Esta taça entregue ontem por Pelé ao capitão Bolívar só veio porque houve um momento de consciência dentro do Internacional. Mais do que conquistar a América e o Mundo uma vez, seria preciso manter-se no topo. Provar que aquilo não havia sido um fenômeno passageiro. Humildade. Para enxergar que até os maiores se apequenam quando deitam sobre o passado como prova de sua grandeza. O exemplo está logo ali, na Azenha, lembrando disso a cada dia.
Parabéns aos colorados. O futuro desta nação que sonhou com estes títulos durante anos parece ainda mais brilhante. Hoje. Basta que as lições aprendidas com o sucesso – tão importantes quanto aquelas do fracasso – estejam sempre tão vivas na memória quanto os gols de Gabiru ou Giuliano.
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4 comentários:
Baita texto. Concordo com o amigo. Só se "esqueceu" de colocar q o Inter chegou ao topo sem conhecer a cidade de Anapolina,e sem sair de lá de 4 ... ushhusuhasuhasashuasashauhasuha
ahuhsuausauhuuhhuhasasashuahusauh
Ps :Onde estava o dono do blog ontem ?? hehehehhee
Em casa, seu Marcelo.
Assistindo o jogo. O título foi merecido, com folgas.
Infelizmente, o Grêmio parece realmente conformado. Saudade de Fábio Koff.
O Inter tem o seu e se chama Fernando Carvalho. Esse pra mim e pra mtos é o nome da virada colorada nos últimos anos.
Sou moradora de Bagé, torcedora do São Paulo e costumo acompanhar esse blog e também o da cidade de Candiota. Gostaria de dar os parabén ao Internacional mesmo com um pingo de inveja. Mas,"O Inter chegou ao topo sem conhecer a cidade de Anapolina, e sem sair de lá de 4"?? Alguém me explica essa história??
Caro Anônimo, " O Inter chegou ao topo sem conhecer a cidade de Anapolina e sem sair de 4", trata-se da derrota do glorioso time da azenha para o todo poderoso ANAPOLINA, por 4 a zero, pela SEGUNDA DIVISÃO em 2005. Mas a cidade acho que é Anápoles, e não Anapolina.
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