Neste início de semana, recebi email da Profª Sandra Peraça, encaminhando um interessante texto para publicação, como segue abaixo:
"Há algum tempo folheando Cacimbinhas Ilustrada do mês de novembro de 1928, li o artigo abaixo e achei que ainda hoje o seu enfoque é atual. 
                        Aqui estou transcrevendo na grafia original. 
O VOTO 
O voto é, incontestavelmente, a expressão da opinião de quem o enuncia.
                        Traduzindo a opinião, o voto reflete o caracter e, assim sendo, deverá ser emitido depois de um amadurecido exame.
                        No voto se descortina francamente o respeitoso acatamento que nos merece a collectividade, mas ainda o respeito que por nós mesmos temos. 
Um voto dado a pedido, displicentemente, para ser agradável a um amigo ou mesmo para satisfação dos nossos interesses particulares constitue um gravíssimo crime, porque, não corresponde o eleito ao que é necessário e imprescindível para o exacto cumprimento do cargo, fica, ípso facto, compromettido ou poderá mesmo periclitar o futuro daquilloque elle tiver de gerir ou administrar. 
Quando um individuo vota, avaliamos sempre que no seu foro intimo se reuniram todos os elementos indispensáveis à perfeita formação de um juízo e todas as energias do Eu.
                        A esse conjuncto harmônico preside a Razão e esse tribunal se chama Consciencia. 
                        Aquelle que por qualquer motivo falseia a voz imperativa da Consciencia  é para a sociedade, cujos interesses conspurca, réo de um crime ignóbil. 
Mais triste ainda é a sua posição deante de si mesmo, porque a Consciencia implacavel lhe brada: 
-Tu mentiste aos teus irmãos e commettestes um crime nefando! 
 -Tu mentiste a ti mesmo e ... és um grande degradadó moral !
Eis porque abroquelados na imparcialidade, devemos, prudentemente, afastar de nós interesses e sympathias e votar com os ditames inflexíveis da nossa sã Consciencia. 
Autor do artigo: K. Lino 
Sei que algumas palavras serão procuradas no dicionário, mas mesmo que o leitor não o faça deduzirá facilmente a que o texto nos reporta ,ou seja, a um voto consciente,  para o bem da coletividade, enfim a votar para aqueles que acha serão os melhores para nossa terra. 
O autor tinha bela forma de encarar a política: com honestidade e discernimento.
                        Desejamos que os eleitores de hoje tenham essa consciência." 
Sandra Peraça
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário