24 de dez. de 2010

Buscando Rumos: Perder ganhando

Por Luiz Henrique Chagas da Silva

Esta semana, a TV Senado transmitiu o ultimo pronunciamento da Senadora Marina Silva na atual legislatura e, entre outros assuntos, ela destacou os motivos que a levaram a sair do Partido dos Trabalhadores e ingressar no seu atual partido: PV. Parece não terem restado mágoas entre a Senadora e seu antigo partido, pelo menos por parte da candidata a presidência, que do analfabetismo absoluto tornou-se uma candidata com cerca de vinte milhões de votos, o que é magnífico. 

Senadores de diversos partidos fizeram manifestações, em apartes ao pronunciamento de Marina, sendo que todos, indistintamente todos, manifestaram sua admiração pelo trabalho realizado pela mesma, essencialmente em defesa de um desenvolvimento sustentável, industrialização com respeito à natureza e um lado que eu não conhecia: uma pessoa capaz de emocionar-se com um simples abraço de um amigo. 

Marina relatou de forma muito simples sua trajetória política e pessoal, e neste ponto teceu alguns comentários sobre a campanha política para presidente, em que, em algumas capitais, nem mesmo o seu partido apoiou o seu nome e mesmo assim obteve expressiva votação. Não se mostrou indignada com os seus correligionários, companheiros de sigla, que não apoiaram seu nome, assim como se mostrou contrariada com os números apresentados pelas pesquisas, uma vez que entendeu que não poderia obter um crescimento na ultima semana, contrariando aquilo que as pesquisas apontavam. 

A Senadora deixou bem claro que não encerrou sua caminhada política, mas sim, ultrapassou uma fase e deu inicio a novas ações, o que para mim significou que seu nome não ficará no esquecimento político e voltará a figurar nas pesquisas eleitorais, inclusive na disputa para a presidência do País. 

A Senadora, na sua aparente fragilidade, me pareceu ser uma fortaleza, uma mulher de caráter, de coragem, com convicção daquilo que pensa e que diz. Em certo momento de seu pronunciamento, Marina salientou que sempre foi seu maior desejo chegar à presidência somente se pudesse “ganhar ganhando”, mas que “perdeu ganhando” e que em momento algum trocaria esta situação, para chegar a Presidência, se tivesse que se submeter a “ganhar perdendo”. 

FELIZ NATAL A TODOS!

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Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bonitas as palavras de des envolvimento sustentável e industrialização sem agredir a natureza só que quando teve oportunidade durante a campanha presidencial a senadora não apresentou nenhum projeto para isso, só ficou no discursso.