Não sei por quanto tempo o Grêmio conseguirá seguir nesta levada em que sua campanha é muito superior à qualidade do futebol apresentado. Luiz Felipe, na coletiva pós-jogo, deixou claro que não gostou e vai mudar para o grenal. Não disse o que ou quem, talvez volte ao tranca-rua que tem lhe dado pontos, talvez introduza no time Alan Ruiz para ter armação e mantenha só dois volantes, talvez tire Ramiro que errou quase todos os passes que tentou contra o Vitória e faça entrar Riveros ou Walace, talvez mantenha Fellipe Bastos que foi o principal passador do time gremista. É uma quantidade bárbara de talvez, o que já mostra claramente que o Grêmio não encontrou uma formação capaz de render alguma regularidade na performance.
Vencer foi o mais importante na Arena, está no título da coluna, pressiona o Inter para o clássico e mantém o Grêmio no entorno do G-4. Já é bastante, combinemos. A dificuldade para criar, acertar passes e fazer gol é espartana. A defesa segue se virando, destruir é mais fácil do que construir e há um goleiro de seleção sob as traves. Para avançar, porém, não basta. O Grêmio jogará de novo em casa, teve a solidariedade do seu torcedor quando o Vitória cobrou uma série de escanteios no fim do jogo, antes ouviu o murmúrio da mesma torcida a se impacientar com futebol tão mal jogado. Luiz Felipe faz milagre com o que tem em mãos. Depois do que passou contra Alemanha e Holanda, consegue dar uma resposta boa, ainda que nada comparável em termos de repercussão ao que viveu no junho/julho da Copa. Não creio que seja possível classificar ao G-4 com tão pouco futebol.
Mas está lá, na beira.
O chileno foi o grande nome de uma vitória histórica do Inter na Vila Belmiro. Não só pelos dois gols, mas pelo desempenho dele ao longo da partida inteira. O Inter tem um meio-campo leve, às vezes haverá liberdade para o adversário, o que é compensado por uma capacidade ofensiva grande que será maior ainda quando Nilmar se aproximar do NIlmar que habita o imaginário dos colorados. A vitória veio quando o Inter jogava mal, estava mexido para pior pelo treinador e escapava de sofrer a virada. Aranha errou a leitura da bola recuada por Nena, os jogadores do Inter confabularam sobre quem faria a cobrança da falta a cinco metros do gol, acertadamente deixaram para que Aranguiz concluísse. Foi 2x1, terceiro lugar alcançado e dezessete vitórias, primeiro quesito de desempate onde o Inter só perde pra o Cruzeiro, virtual campeão.
Jorge Henrique não repetiu a boa atuação do jogo anterior, como D'Alessandro ficou abaixo do seu padrão mesmo com a preciosa bola que deu para Aranguiz marcar o primeiro gol. Não deveria ter sido substituído por Wellington Paulista, erro que quase custou caro para o time de Abel Braga. Não havia mais armadores em campo, o Inter terminou com quatro volantes e um risco permanente até o apito final do atrapalhado juiz. Agora, grenal. Os colorados chegam na frente dos gremistas, têm mais qualidade no elenco e no time. O jogo é na Arena, a pressão por uma vitória em clássico na gestão Koff é enorme.
Semana longa vem aí.
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